SINDICATOS REQUEREM APOIO DO MPT PARA DIREITOS DOS VIGILANTES DA LINCE
O Sindicato dos Vigilantes de Londrina e os demais Sindicatos Profissionais dos trabalhadores do Ramo da Segurança Privada, juntamente com sua Federação, a FETRAVISPP, encaminharam na tarde de hoje, um pedido de investigação e mediação ao Ministério Público do Trabalho no Estado do Paraná em face da empresa Lince Segurança Patrimonial.
Buscando informações e documentos junto aos trabalhadores da categoria, os sindicatos puderam constatar várias irregularidades nas jornadas e pagamentos dos trabalhadores, sendo que tais irregularidades foram constatadas em dois contratos de serviços terceirizados de segurança privada.
O primeiro, o da Caixa Econômica Federal, foi constatado que os trabalhadores tiveram seus intervalos reduzidos, sem a devida anuência necessária, conforme estabelece a Convenção Coletiva de Trabalho. Foi constatado ainda que os trabalhadores estão extrapolando sua jornada diariamente, sem qualquer contraprestação remuneratória pela jornada extraordinária. Por fim, alguns trabalhadores estão permanecendo nos finais de semana em regime de sobreaviso, sem, todavia, receber por este tempo à disposição do empregador.
Já no Ministério Público Federal de Ponta Grossa e Campo Mourão, os trabalhadores estão realizando jornada de 12×36 de segunda à sexta-feira, percebendo um salário proporcional ao piso estabelecido em CCT, ou seja, a empresa criou uma nova forma de jornada e remuneração, sem qualquer embasamento jurídico ou legislativo. Segundo a Convenção Coletiva de Trabalho, a jornada deve ser de 12 horas por 36 horas de descanso funciona de forma ininterrupta, garantindo ao trabalhador, no mínimo o piso convencionalmente estabelecido, não podendo o empregador, descaracterizar a jornada e proporcionalizar a remuneração na forma evidenciada.
Os Trabalhadores que se sentiram lesados em seus pagamentos, podem enviar mais holerites e cartões de ponto ao Sindicato dos Vigilantes de Londrina e Região que continua atento a questão e buscando as correções necessárias aos trabalhadores.